Alternativa para
Internamentos
O acompanhamento terapêutico é um cuidado em liberdade!
Sabemos como o processo de internar um ente querido, pelo motivo que seja, é sempre algo muito impactante e disruptivo. Muitas amizades se desfazem, o emprego ou as atividades escolares são paralisadas, a autonomia é comprometida, sem falar na distância dos familiares.
O AT é uma prática que, em muitos casos, pode substituir internamentos. Por se tratar de uma clínica fora do consultório, podemos realizar um acompanhamento mais próximo do paciente, principalmente em momentos de crise, com uma frequência que pode variar de 1 a 5 atendimentos por semana.
Vemos a família como parte fundamental do tratamento, de forma que o trabalho é organizado e executado a partir dessa relação. Junto à família, vamos pensar nos objetivos do tratamento, quais as impossibilidades que o sujeito apresenta, suas características, história de vida, além de pensar sobre como os familiares também podem contribuir neste processo.
Entendemos que cada sujeito vive seu sofrimento, e as dificuldades decorrentes dele, de forma única. Pela psicanálise, buscamos compreender os motivos que desencadearam o processo de adoecimento e os fatores que levam a crise.
Isto é fundamental para construírmos um plano individual de tratamento, no qual o psicólogo vai acompanhar o desenrolar das dificuldades no dia-a-dia e tentar encontrar, junto com o paciente, um caminho para estabilização, isso tudo sem retirá-lo do seu ambiente social.
Sendo assim, nós propomos o AT como uma outra possibilidade além do internamento (nos casos em que este pode ser evitado), com o objetivo de minimizar ao máximo o rompimento dos laços sociais em momentos de crises psicóticas, depressões graves, síndromes do pânico, dependências químicas, fobias.
Para que sair do Consultório?
Acreditamos que os espaços da cidade podem potencializar a escuta clínica, principalmente na compreensão dos fatores que dificultam a construção do laço social do paciente.
A cidade traz elementos que não cabem dentro de paredes de consultórios: a buzina de um carro, um colega de sala de aula pedindo um lápis emprestado, um olhar atravessado do recepcionista de um café. Quando estamos ao lado do paciente no momento exato em que estes fatos estão acontecendo, podemos observar de maneira mais precisa como se dá a relação do paciente com o outro, com o desconhecido, e como ele consegue lidar com isso, quais suas defesas diante destas relações. Por conta desta especificidade, podemos argumentar que o AT está numa posição privilegiada para conseguir identificar esses elementos que levaram o paciente a um isolamento, depressão, relação com as drogas, etc.